Resenha: O Jogador - Vi Keeland

"Meu coração estava disparado, meu pulso, acelerado como se eu tivesse acabado de correr uma maratona, e cada fio de cabelo da parte de trás do meu pescoço estava de pé por causa da eletricidade correndo entre nós."

"O Jogador" é mais um livro da autora Vi Keeland que a a querida Editora Charme publicou recentemente, aqui no Brasil. O livro conta a estória de um casal cativante e peculiar, além de conter um romance bem diferente do viveram felizes para sempre.

Em "O Jogador", vamos conhecer Dalilah, uma mulher madura, forte e decidida. Ela é repórter esportiva e ama seu trabalho.  Apenas um assunto deixa Dalilah insegura: homens. No passado, ela foi noiva de uma pessoa que ela amava muito, mas ele morreu, e desde então ela se sente atraída por caras que não prestam.

No livro também vamos conhecer o famoso jogador Brody Easton. Ele é muito talentoso no campo, a mídia está sempre em cima dele, e as mulheres são completamente apaixonadas por sua beleza. Mas por trás de toda fama, dinheiro e mulheres, Brody esconde algo que aconteceu na sua adolescência, e que ele nunca superou.

"Eu gosto de você. Você é convencido e é direto. Mas, apesar de tudo isso, realmente gosto de passar o tempo com você. Eu apenas não estou procurando um relacionamento puramente físico; preciso de mais do que isso."

A estória realmente começa quando Dalilah vai fazer sua primeira entrevista como jornalista esportiva profissional. Ela entra no vestiário masculino para entrevistar os jogadores, e quando chega a vez de Brody, ele responde as perguntas com um tom mais humorado e no final, ele deixa a toalha cair e fica completamente nu na frente de Dalilah. Ela pensa que ele fez isso apenas para sabotar o trabalho dela, já que ela é uma novata, mas a verdade é que Brody ficou louco de desejo pela moça e queria chamar a atenção dela.

Durante alguns encontros profissionais, Brody deixa claro sua atração por Dalilah, e que deseja passar uma noite com ela, mas mesmo Dalilah se sentindo extremamente atraída por Brody, ela não aceita, pois ela não é mulher que sai com homens apenas por uma noite, ela curte um relacionamento, e como Brody não tem tempo para isso, eles decidem ser apenas amigos.

Mas claro que essa amizade não dura nem uma semana. A química e tensão sexual entre os dois é bem forte, mas Dalilah consegue fugir de todas as investidas de Brody, e por um lado, isso foi bom, pois despertou ainda mais o interesse dele e a vontade de querer algo além de sexo. Mas o problema é que ambos estão com as marcas do passado, Brody precisa se decidir e deixar seu passado para trás, enquanto Dalilah precisa dar uma nova chance ao amor, sem sentir culpa pelo seu noivo que morreu.

"Mesmo que eu nunca tivesse deixado de estar envolvida com o futebol, algo despertou em mim enquanto eu assistia da arquibancada naquela. Eu não tinha certeza se era o meu amor pelo esporte ou a esperança de que eu poderia um dia novamente combinar o meu amor pelo esporte com um homem em campo."

"O Jogador" é um livro em primeira pessoa, Dalilah e Brody narram a maioria dos capítulos, mas temos alguns narrados por um personagem secundário. Posso afirmar que os personagens são o destaque da estória, a autora conseguiu pegar alguns esteriótipos e transformá-los em algo único. Os personagens são bem construídos, e trazem algumas críticas leves que não passam despercebidas. Brody é o tipo de homem que a mídia retrata como arrogante, mas quem o conhece de verdade, sabe que ele é um homem incrível e tem um coração bom. Já a Dalilah, sofre com alguns pensamentos machistas e piadinhas no trabalho, mas ela simplesmente finge que nada está acontecendo, faz seu trabalho e não se abala.

O livro está longe de ser apenas um erótico, a autora criou uma estória e soube desenvolvê-la muito bem. "O Jogador" surpreende, envolve e emociona. A escrita da Vi Keeland é simples e leve em alguns pontos e extremamente profunda em outros, e isso fez com que a leitura se desenvolvesse de forma natural. A Editora Charme manteve a capa original, que é bem bonita, e a diagramação está linda, como em todos os livros da editora.

"O Jogador" foi publicado no Brasil pela Editora Charme, e eu indico a leitura para todos que gostam de um romance marcante e bem envolvente.

Resenha: A Garota do Calendário (Julho) - Audrey Carlan

"Aquele era o problema. Minha mente podia brigar com meu coração quanto quisesse, mas, no fim das contas, a verdade é que eu estava apaixonada pelo deus do sexo loiro, que ficava lindo vestindo sunga, smoking ou nu.

"A Garota do Calendário" é uma série composta por doze livros, onde cada livro vai focar em um mês do ano de Mia Saunders. Pode parecer muito, mas os livros são curtinhos e cada um vai contar a história da protagonista com um parceiro diferente. Nesse livro, vamos acompanhar o mês de junho da nossa protagonista, e para conferir a resenha dos meses anteriores, é só ir para o final do post.

Em Julho, a estória começa com Mia chegando em Miami, ela é contratada para ser a estrela principal no novo clipe do cantor Anton Santiago, que é considerado um Deus do hip-hop. Quando Mia conhece Anton, ela fica completamente encantada com sua beleza, e ela sabe que vai ser difícil ficar longe da cama dele.

"Às vezes, as decisões que precisamos tomar são mais difíceis para nós do que qualquer um poderia imaginar."

Anton é um cantor talentoso, um homem confiante e está louco por Mia, mas quando ele toca nela, as lembranças da tentativa de estupro que Mia sofreu, voltam para assombrá-la. Mia sabe que algo está acontecendo com sua mente e seu corpo, e ela vai ter que aprender a lidar com os traumas que ela sofreu para seguir adiante com seu trabalho.

E uma acontecimento importante, é que no mês de Julho, é o aniversário de Mia, e sua melhor amiga armou algo para não deixar que ela passasse a data sozinha. Nesse livro, a protagonista vai abrir seu coração e se entregar ao verdadeiro amor.

O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista da Mia, a diagramação é simples, e ainda temos o primeiro capítulo do oitavo livro, como um bônus para os leitores. A escrita da Audrey continua envolvente, fácil de ler e extremamente sensual. É uma narrativa rápida e bem hot. A capa do livro segue o padrão de todas as outras da série, que alias, são lindas, fotografias bem trabalhadas com fontes simples, e a cor fica por conta dos vestidos usados pela modelo.

"O seu amor pela vida e por coisas novas me faz querer colocar o mundo a seus pés, só para te ver sorrir. Vou te amar hoje, amanhã e todos os dias depois disso."

Toda a trajetória da Mia tem sido bem intensa, mas nesse livro, eu senti um amadurecimento na personagem, e claro que depois do que aconteceu no sexto livro, a estória ficou ainda mais densa. Mia está mais centrada, e deixando seu lado impulsivo mais reservado. O final do livro me surpreendeu bastante, a autora escolheu um caminho bem diferente do que eu tinha imaginado, agora fiquei curiosa para saber qual rumo os últimos cinco livros vão tomar.

A série A Garota do Calendário foi publicada no Brasil pela Verus Editora, e já temos todos os livros da série lançados. Os direitos de adaptação para série de TV já foram vendidos. A história será adaptada pela ABC Studios, agora só nos resta aguardar mais novidades sobre o assunto.

Resenha de Janeiro

Resenha de Fevereiro

Resenha de Março

Resenha de Abril

Resenha de Maio

Resenha de Junho

Resenha: Belo Funeral - Jamie McGuire

"Nós somos um bando de loucos, porra. As mulheres têm que ter culhões pra amar a gente. E... às vezes é necessário perder alguém pra ter coragem de crescer e virar a pessoa que elas merecem."

"Belo Funeral" é o quinto livro da série "Irmãos Maddox", e é um spin-off de "Belo Desastre", onde conhecemos Travis, mas como a família Maddox é extremamente apaixonante, tivemos uma série onde cada livro contou a estória de um irmão Maddox. Em "Bela Distração" conhecemos Trenton Maddox (Trent), o irmão mais próximo de Travis, em "Bela Redenção" conhecemos Thomas Maddox, o irmão mais velho, em "Belo Sacrifício" conhecemos Taylor Maddox, um dos irmãos gêmeos, e em "Bela Chama" conhecemos Tyler Maddox, o outro gêmeo.

Agora em "Belo Funeral", vamos acompanhar como a família Maddox está após onze anos, desde que tudo começou. O livro tem capítulos narrados por todos os irmãos Maddox, e também por suas esposas.  Shepley Maddox e America também narram alguns capítulos, e Jim, o pai dos meninos, narra um capítulo lindo, que me fez chorar bastante.

Como já vimos nos livros anteriores, Travis trabalha para o FBI, e ele está fazendo de tudo para prender o chefão da máfia de Las Vegas, até que Travis quase morre em um acidente causado pelos capangas desse chefão, e para piorar ele descobre que eles queriam matar Abby, e eles ainda tinham fotos de todos os Maddox, incluindo os filhos de seus irmãos. 

"Eu me agarrava à esperança de que, depois que ela voltasse, pudéssemos realmente começar a trabalhar no que tinha dado errado."

Travis e Thomas ficam cientes de que toda a família corre perigo. Por isso eles forjam um plano para proteger todos e despistar os homens que estão atrás deles. O problema é que para o plano funcionar, eles vão ter que mentir para todos da família, e isso pode fazer com que eles nunca sejam perdoados.

Travis está prestes a se tornar pai pela terceira vez. Ele e Abby levam uma vida normal e agradável. E uma coisa que me deixou bem feliz, é que mesmo passando muito tempo, Abby e Travis continuam  se amando, da mesma forma de quando se conheceram. America e Shepley moram com seus três filhos, e nesse livro, a amizade deles com Travis e Abby será testada.

Thomas está vivendo um momento único com Liis, eles acabaram de ter Stella, a primeira filha do casal, mas Thomas vai precisar se afastar das duas para todos acreditarem na mentira, e isso vai fazer com que ele perca o primeiro mês de vida da sua filha. Tyler e Ellie vivem uma vida tranquila com um cachorro, dois gatos e um filho. O que eu achei bem interessante, é que Eliie foi a personagem mais problemática da série, e aqui ela é a mais sensata e consegue pensar com clareza em qualquer circunstância. 

"A vida não é linear, Filho. Cada escolha que fazemos se ramifica para fora da linha que estamos seguindo. E na ponta desse ramo sempre tem outro ramo. É uma sucessão de telas em branco, mesmo depois de um desastre."

Já Taylor e Falyn, não estão nada bem, ele ainda não aprendeu a controlar seu ciúme e sua raiva, e isso estava rendendo muitas brigas entre o casal, por isso, Falyn tomou a decisão de sair de casa junto com os dois filhos. Durante o livro, vamos acompanhar Taylor tentando reconquistar Falyn, mas não vai ser fácil, principalmente porque alguém do passado de Taylor vai aparecer, e isso vai deixar Falyn bem insegura.

Trenton é o único Maddox que não se tornou pai, ele e Cami tentam todo mês já faz um tempo, e a cada teste negativo, eles ficam mais tristes e frustrados. Trenton vai ser o irmão que mais vai sofrer com as revelações desse livro, e isso vai refletir na relação dele e de Cami, já que ela sabia de muitas coisas e nunca contou pra ele.

Quando a mentira é contada para dar início ao plano de Travis e Thomas, todos os Maddox se reúnem na casa de Jim, e os segredos de cada um, finalmente serão revelados. O que era para ser uma reunião para unir a família, acaba se tornando algo confuso e todos vão se desentender, até as mulheres dos Maddox vão passar por um momento de stress. 

"Trenton tropeçou alguns passos e abraçou os irmãos. Os gêmeos se juntaram a eles. Uma lágrima escorreu no rosto de Jim, e as mulheres também choraram. Um braço saiu do grupo e agarrou Shepley, puxando-o. Cobri a boca, sem saber se ria ou se chorava."

A família Maddox vai precisar passar por muitas coisas nesse livro, as brigas vão fazer com que cada personagem tome partido de um lado. Mas chega um momento da estória, em que todos vão ter que tomar uma decisão: ou eles continuam brigando e se afastando cada vez mais, ou eles vão se unir para juntar forças e superar as mentiras e duas mortes bem tristes que acontecem no livro.

O livro foi escrito em primeira pessoa, e todos os personagens descritos acima, narram a estória. Eu vi muitas resenhas negativas falando que a autora estragou muita coisa na estória que ela própria criou, mas eu vi de uma forma diferente. A Jamie nos mostrou que mesmo depois de um epílogo lindo, os problemas familiares continuam, e isso fez com que a família Maddox se tornasse real.

"Belo Funeral"  é uma montanha russa de emoções, o livro te leva do riso ao choro, em questão de segundos. E o final é arrebatador, triste mas necessário. Sobre a escrita da Jamie, é impossível achar um defeito. Como essa mulher escreve bem, desenvolve a estória com um enredo bem encaixado. A diagramação está simples, sinalizando os capítulos apenas com números e o nome de quem está narrando. E sobre a capa, está belíssima como todas da série. A capa transmite uma leveza e um dá um alívio para o título e a estória em si, que é bem pesada.

Todos os livros envolvendo a família Maddox, foram publicados aqui no Brasil pela Verus Editora. 

Correio Literário de Maio

Olá leitores!

Maio é sempre um mês muito especial pra mim, pois é meu aniversário. E como sou uma viciada em leitura, minha família e amigos sempre me presenteiam com livros. Por isso, neste Correio Literário vou mostrar todos os livros que ganhei de aniversário, de parceria e alguns que comprei.

• Livros da Galera Record

No meio do mês a Saraiva vez uma promoção maluca, e minha mãe me presenteou com os livros "Fallen" e "Essa Garota", dois livros que eu queria mas vivia deixando pra comprar depois. Eu li "Fallen" em 2011 e o livro se tornou um dos meus preferidos, eu tenho uma versão econômica, e um box da série, mas eu queria o livro com a capa do filme para colocar junto com a minha coleção. E "Essa Garota", era um super desejado, eu já li os dois primeiros livros da trilogia, só faltava esse. Os dois livros saíram por menos de R$ 10,00 reais.

• Livros derivados da série Belo Desastre

"Belo Funeral" também foi um presente da promoção maluca da Saraiva. Meu namorado comprou ele por R$ 14,50, eu já li e amei, em breve saí resenha dele aqui no blog. "Algo Belo" foi um presente de um amigo e leitor do blog, já li e tem resenha dele aqui.

• Livros da Universo dos Livros

Os dois livros são presente do meu avô. Desde quando a editora anunciou que ia lançar "Sem Juízo", eu fiquei louca para ler. Mas confesso que meu coração ficou partido porque os livros da Universo são caros e eu só compro quando tem uma promoção boa. "O Mais Desejados dos Highlanders" era outro desejado da minha listinha. Quando meu avô pediu para escolher dois livros de presente, eu não perdi tempo. Os dois foram comprados na promoção da Saraiva, e foram menos de R$ 15,00 reais cada um.

• Comprinhas e parceria

A sinopse e a capa do livro "Princesa de Papel" despertaram minha atenção, o livro tinha tudo para ser um New Adult maravilhoso, mas o personagem masculino machista e preconceituoso estragou tudo. Eu paguei R$ 23,99 nele, e já tem resenha aqui.  "Blogueiras.com" é um livro que reúne oito contos de oito autoras e blogueiras, e todas as histórias se passam no universo da blogosfera, eu li o livro em e-book, mas não resisti e comprei o físico por R$ 30,00 reais, já tem resenha dele aqui. "Ilusão" era um super desejado meu, a autora é parceira do nosso blog, mas a editora não, por isso quando chegou um pacote da Astral Cultural, eu quase surtei de tanta felicidade, eu não estava esperando receber o livro, eu li e ele se tornou um dos meus favoritos, vocês podem conferir a resenha aqui.

• Livros da Editora Charme 

Eu comprei "Roleta Russa" em abril na pré-venda, mas ele só chegou em maio. Eu fiquei apaixonada pela história do livro, devorei ele em questão de horas, e já tem resenha dele aqui. "Joga Comigo" foi o livro que a editora me mandou no pacote de parceria. O livro é maravilhoso, fiquei encantada com os personagens e a leveza da história, a resenha dele vocês podem conferir aqui.

E este foi nosso Correio Literário de maio, espero que vocês tenham gostado dos meus novos livros, e até o próximo mês. 

Crítica: Mulher-Maravilha

Olá leitores!
Ontem aconteceu a pré-estréia do filme solo da Mulher-Maravilha, foram anos esperando um filme de uma heroína de verdade, por isso, as expectativas eram altas. Já tivemos a presença da Mulher-Maravilha (Gal Gadot) em Batman Vs Superman: A Origem da Justiça, e agora chegou a vez de conhecer sua origem.

Sinopse

Antes de se tornar Mulher-Maravilha, ela era Diana, princesa das Amazonas, treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível. Criada em uma paradisíaca ilha afastada de tudo, Diana descobre por um piloto americano acidentado que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e, certa de que pode parar o conflito, decide deixar seu lar pela primeira vez. Travando uma guerra para acabar com todas guerras, Diana toma ciência do alcance de seus poderes e de sua verdadeira missão.

O filme começa com Diana criança, e no comecinho já percebemos que ela tem o instinto de uma guerreira. Sua mãe, rainha Hipólita (Connie Nielsen), tem mutos motivos para não permitir que Diana treine e fique forte, mas a jovem não desiste fácil e começa um treinamento secreto com sua tia, Antíope (Robin Wright). Com o passar dos anos, Diana se torna uma Amazona forte, e durante o filme, vamos entender o motivo dela ser bem poderosa. 

A história do filme realmente começa, quando Steve Trevor (Chris Pine), chega e traz a Primeira Guerra Mundial para o contexto da narrativa. Diana está certa de que pode colocar um fim na Guerra, e junto com Steve, ela parte para Londres. 

O filme entrega muito bem as cenas de ação, se nos filmes anteriores da DC, as câmeras lentas não funcionaram, nesse filme é contrário. E por falar em outro filme da DC, eu tinha muitas dúvidas sobre o tom de Mulher-Maravilha, batia sempre aquela dúvida se seria sombrio como Batman Vs Superman: A Origem da Justiça, ou se veríamos aquelas piadinhas fora de hora dos filmes da Marvel. Mas Mulher-Maravilha encontrou seu próprio tom, é um filme pesado por se passar na Primeira Guerra Mundial, mas a inocência da Diana deixa alguns diálogos bem engraçados e não é nada forçado. As lutas bem coreografadas, dão uma certa leveza para a história, e o humor do filme é bem pontual.

Steve e Diana juntos, possuem uma química forte e rendem cenas bem elaboradas, o que eu já esperava, afinal ele é o personagem que vai ligar ela com o que está acontecendo no mundo. E o melhor, Steve é um personagem bem construído, forte e determinado, mas ele não rouba a cena da Diana em nenhum momento. Em filmes onde a mulher é protagonista, sempre acontece de um personagem masculino aparecer e roubas a cena, mas nesse filme, todos os personagens tem o seu espaço, e nenhum diminui o outro. 

A narrativa do filme é simples, de fácil compreensão e possui uma conexão emocional muito grande. A história da Diana se desenvolve com muita naturalidade, não tem nada forçado no filme. Eu ouvi muitas pessoas comentando que o filme seria feminista, o que foi um erro. O filme é bem Girl Power, mas ele não cita o feminismo, apesar de se passar em uma época em que várias revoluções feministas estavam prestes a acontecer. Diana se depara com um mundo onde as mulheres não têm voz, e as regras socias direcionadas para elas, eram bem rigorosas. Mas Diana não luta para quebrá-las e nem menciona nada relacionado a isso, ela simplesmente usa seu poder e sua inteligencia para mostrar como o mundo é ignorante e ridículo nesse ponto.

E sobre o vilão do filme, apesar dele estar presente sempre na história, ele aparece realmente apenas no final do terceiro ato. E apesar de não ter me conectado tanto com ele, achei o discurso do personagem bem interessante. Ele tem um objetivo, não quer simplesmente acabar ou dominar a humanidade como muitos vilões por aí. No geral, o filme é muito bom e superou todos as minhas expectativas. Eu amei o filme, quando acabou me bateu um vazio, eu poderia ficar no cinema umas cinco horas assistindo a Gal Gadot como Mulher-Maravilha. 

Mulher- Maravilha é um filme com uma narrativa leve e cenas de ações bem trabalhadas. A heroína finalmente ganhou um filme que retrata seu verdadeiro poder, com uma história de origem forte e feminina.