Resenha: O Príncipe Corvo - Elizabeth Hoyt

"Raiva. Anna sentiu raiva. A sociedade poderia não esperar o celibato do conde, mas certamente esperava isso dela. Ele, por ser homem, poderia ir a casas de má reputação e aprontar por toda a noite com criaturas sedutoras e sofisticadas. Enquanto ela, por ser mulher, deveria ser casta [...]"

"O Príncipe Corvo" é o primeiro livro da Trilogia dos Príncipes escrita pela Elizabeth Hoyt. No livro vamos acompanhar um romance de época maravilhoso, que se passa na Inglaterra em 1760, com personagens cativantes e passagens bem sensuais.

Em "O Príncipe Corvo" vamos conhecer Anna Wren, uma viúva que mora com a sogra e vive uma vida simples. Anna é uma mulher com pensamentos à frente do seu tempo e que não liga para o julgamento alheio. Quando Anna percebe que a situação financeira dentro de sua casa está lamentável, ela resolve procurar um emprego.

No livro também vamos conhecer Edward de Raaf, o conde de Swartingham. Ele perdeu toda família para a varíola, e mesmo sendo o único sobrevivente, ele carrega várias cicatrizes que causam repulsa em muitas pessoas, principalmente nas mulheres. Edward é um homem com um temperamento difícil, esse é o motivo de ninguém durar mais do que alguns dias como seu secretário.

"— […] É tão mais fácil simplesmente fazer o que as pessoas esperam de você, Anna.
— Pode ser mais fácil, mas não é necessariamente a coisa certa a fazer, mãe. "

Quando Anna fica sabendo da vaga de secretário do conde, ela decide que é o emprego ideal. Mas se na época dela uma dama trabalhar já era estranho, sendo em uma casa de um homem solteiro, isso é garantia de fofocas em sua vila. Anna se adapta muito bem ao emprego, ela consegue fazer tudo e ao mesmo tempo enfrentar o conde. Porém, os dois começam a sentir uma forte atração que confunde todos os sentimentos de ambos.

Anna é uma mulher que não nega seus desejos e que não entende as liberdades que os homens tem e as mulheres não. Por isso, quando ela descobre que Edward frequente uma casa de prostituição em Londres, Anna decide que pode satisfazer suas necessidades como mulher, e resolve ir até essa casa de prostituição para ter experiencias com o conde, mas tudo sem ele saber, usando apenas uma máscara para esconder sua identidade. Mas claro que essa atitude terá sérias consequências quando o Conde descobrir.

"O Príncipe Corvo" é narrado em terceira pessoa. A estória tem tudo que faz um romance de época ser perfeito, personagens bem desenvolvidos, um enredo criativo e um romance que não surge daquela foma melosa como estamos acostumados a ler. As cenas sensuais são bem escritas e criativas para o gênero. A escrita da autora faz a estória fluir naturalmente, tornando a leitura leve, agradável e envolvente.

"Uma verdadeira dama nunca pensaria em se esgueirar para os antros de Londres a fim de seduzir um homem que havia deixado bem claro que não estava interessado nela."

Mas o ponto alto do livro é a Anna, nossa protagonista. Ela é uma personagem que não liga para o pensamento dos outros, faz o que tem vontade, é forte, determinada e tenta lutar contra as injustiças da sua época. Apesar do livro ser muito bom, eu achei o final bem corrido, e alguns segredos que surgiram ao longo da estória foram resolvidos bem rápido e de forma simples.

Uma coisa que achei super diferente e amei, é que no início de cada capítulo, temos um trechinho do livro "O Príncipe Corvo", que Anna encontra na biblioteca do conde e começa a ler. Portanto, temos uma estória dentro de outra.

E a editora está de parabéns na diagramação. A capa está linda, toda preta com detalhes dourado e uma fotografia fazendo referência ao nosso casal protagonista. Essa capa se tornou uma das minhas favoritas da estante. A lombada do livro também está linda, e não vejo a hora de ter os outros livros da trilogia para enfeitar minha estante.

A Trilogia dos Príncipes foi publicada no Brasil pela Galera Record, e os livros podem ser lidos de forma independente.


Resenha: Mr. Romance - Leisa Rayven

"Eu só não acho que eu precise de um homem pra me completar. Estou bem feliz do jeito que sou."

"Mr. Romance" é mais uma estória incrível da Leisa Rayven, autora de "Meu Romeu". O livro tem uma premissa bem diferente do que estamos acostumados a encontrar nos romances, além de protagonistas com características únicas que cativam o leitor.

Em "Mr. Romance" vamos conhecer Eden Tate, uma mulher que não acredita em romance e relacionamentos, ela sai com vários homens apenas para satisfazer suas vontades, e no dia seguinte manda eles embora. Eden é uma jornalista que apesar de ser muito inteligente e ter um histórico acadêmico excelente, seu chefe a colocou para escrever artigos superficiais que a deixam com vergonha da profissão.

Mr Romance é o homem que está mexendo com as mulheres da alta sociedade. Ele faz com que todas as fantasias de suas clientes se tornem reais. Mas os encontros só ficam na fantasia mesmo, ele não faz sexo com suas clientes. Ele consegue se transformar em qualquer tipo de homem para satisfazer suas clientes.  O que torna ele tão especial, é que ele consegue entender as mulheres e tratá-las como elas merecem, e isso faz com que ele ganhe muito dinheiro.

"-Você acha que sou um bilhete premiado? -Acho que você é todos os prêmios."

Mas quando Eden fica sabendo do famoso Mr. Romance, ela vê a chance de uma história em potencial para conseguir a tão desejada promoção no emprego. Seu chefe fica interessado na suposta matéria, e assim Eden começa sua caça para desmascarar o Mr. Romance, revelando sua identidade e suas artimanhas, mas claro que não vai ser tão fácil para ela. Quando Eden consegue encontrar o Mr. Romance, ele pede a Eden a chance de mostrar seu trabalho, e propõe três encontros com ela. Se depois dos encontros Eden não se apaixonar e mudar de opinião sobre o trabalho do Mr. Romance, ela pode publicar a história com todas as informações que ela quiser.

Mas o que realmente acontece é que um subestima o outro. A frieza de Eden faz dela uma mulher completamente diferente do que nosso Mr Romance já conheceu, e isso se torna uma mistério da qual ele quer desvendar. Já Eden, passa a conhecer o trabalho dele e começa a simpatizar com tudo, mas o problema é que pela primeira vez ela está acreditando no romance e começa a desenvolver sentimentos por ele. E quando eles finalmente percebem que querem ficar juntos, eles começam a tentar, mas o emprego de ambos fica no meio desse relacionamento, e muita coisa pode acontecer.

"Algumas vezes, s pessoas se agarram ao que já conhecem, mesmo que tudo o que conheçam seja sofrimento."

Com uma narrativa em primeira pessoa, que varia entre o ponto de vista dos protagonistas, a autora nos envolve em um romance que começa de uma maneira inesperada. Os personagens são determinados e fortes, mas sabem a hora de ceder, e isso foi um dos pontos altos do livro, juntos eles começam uma relação na base de diálogos e vários momentos íntimos. 

A narrativa da autora é fluída e rápida, mas isso não diminui a mensagem linda por trás da estória. Em "Mr. Romance" vamos aprender a importância  de conhecer o outro antes de julgar, e como isso pode impactar nossas vidas. A diagramação do livro apesar de simples, está ótima. os capítulos são bem divididos e com títulos, que nos mostram o que esperar naquela parte da estória. E a capa está maravilhosa, a fotografia faz uma referência ao nosso protagonista, mas a beleza dela fica pela iluminação pastel e as fontes usadas.

"Mr. Romance" foi publicado no Brasil pela Globo Alt, assim como os outros livros da autora. Eu indico a leitura para todos que gostam de um bom romance que não segue os padrões e para aqueles não acreditam no amor ideal.


Resenha: Pegando Fogo - Abbi Glines

"Amar e ser amado é uma necessidade humana básica. Antes dele, eu achava que minha vida era uma prova de que essa teoria não era verdadeira. Antes dele, eu era forte... ou era fraca?"

"Pegando Fogo" é o décimo terceiro e último livro da série Rosemary Beach, escrita pela autora diva  Abbi Glines. No livro vamos acompanhar um triangulo amoro cheio de mistérios, intrigas e que rende cenas bem picantes.

Nan Dillon é a bad girl de Rosemary Beach que já infernizou todos os protagonistas dos livros anteriores. Ela transmite uma imagem de determinada, sexy e forte, mas por trás de todas as maldades, Nan não passa de uma pessoa imatura e carente.

Nan está em uma espécie de relacionamento aberto com Major Colt. Enquanto ela fica sozinha em casa assistindo televisão, Major sai com outras mulheres. A carência da Nan é tão grande, que ela aceita a situação só para passar algum tempo do lado dele. Mas chega um momento que ela percebe que pode estar gostando de verdade de Major, mas como ela sabe que ele nunca vai estar em um relacionamento sério, Nan resolve ir para Las Vegas, viver alguns dias sem limites, para esquecer Major.

"Eu queria ser a Harlow de alguém. Ou a Blaire. Mas eu sempre seria a Nan. E ela não bastava. Nunca havia bastado, e definitivamente não ia mais tentar bastar."

Assim que Nan chega em Las Vegas, ela conhece Gannon, uma homem completamente diferente de todos que ela já se envolveu. Sua aparência rústica que exala perigo e seu comportamento dominador, despertam em Nan coisas que ela não consegue explicar. A cada encontro, Nan se vê mais envolvida com Gannon, sem se importar com os mistérios que ele esconde.

Enquanto Nan está vivendo intensamente em Vegas, Major percebe que se importa de verdade com ela, e vai atrás dela para implorar uma segunda chance. Sem querer, Nan entra em um triângulo amoroso com Major, o cara que teve sua chance mas não deu valor, e Gannon, o homem que deu momentos únicos para ela, mas no final mostrou que era igual os outros. O que Nan não consegue perceber, é que Major e Gannon se conhecem e se aproximaram dela apenas com um objetivo.

Como "Pegando Fogo" é o último livro da série, e eu queria muito que ele fosse perfeito, mas acabei me decepcionando pelas expectativas altas. Eu pensei que fosse cair de amores pela Nan, mas eu só conseguia sentir pena e nada mais. Nan passa o livro todo mostrando que é fraca e que faz tudo por um pouco de atenção. Só no final do livro que ela toma uma atitude, que apesar de ser egoísta, pode ajudar a personagem a se encontrar. Mas como o final foi super corrido, isso não ficou claro.Acho que Nan merecia um outro livro, menos corrido, e mostrando um arco de crescimento da personagem, como aconteceu nos livros anteriores.

"Me afastar dela foi como arrancar uma parte do meu próprio corpo, mas era necessário. Não havia lugar para uma mulher na minha vida. Sobretudo uma mulher como Nan. Alguém que precisava ser amado de verdade."

Com uma narrativa em primeira pessoa, que varia entre o ponto de vista de Nan, Major e Gannon, a Abbi Glines nos envolve em uma estória bem cativante, cheia de mistério, brigas e momentos sensuais.  Só fiquei incomodada com a falta de diálogos, como os personagens principais são frios e solitários, eles trocam poucas palavras, e isso deixou a estória sem dinâmica, mas no final eu compreendi que isso faz parte da construção dos personagens.

A Abbi tem uma narrativa única, com uma dose certa de drama e muita emoção. Cada página lida é uma mistura de sentimentos. Apesar dos pontos negativos, o livro é muito bom, e vale a pena ser lido. E a Editora Arqueiro como sempre, fez um trabalho incrível.  O livro está bem diagramado, e com capítulos bem divididos.

A série Rosemary Beach foi publicada no Brasil pela Editora Arqueiro, e estou ansiosa por outros livros da autora, qeu eles já informaram que vão publicar.


Resenha: Para Sempre Minha Garota - Heidi McLaughlin

"Nunca pensei que veria o garoto que roubou meu coração e depois não o devolveu. E não sei se quero que ele devolva."

"Para Sempre Minha Garota" é o primeiro livro da série "The Beaumont", escrita pela Heidi McLaughlin. No livro vamos acompanhar uma estória sobre como o amor pode vencer o tempo e a distância. Além de uma mensagem interessante sobre perdas e recomeços envolvendo todos os personagens.

Em "Para Sempre Minha Garota", vamos conhecer Liam e Josie. Eles sempre foram apaixonados um pelo outro, desde a época do colégio. Eles eram um casal perfeito e acreditavam em futuro feliz, juntos para sempre. O plano dos dois era que Liam ia para a faculdade e se dedicasse ao futebol, depois voltasse para a cidade deles para se casar com Josie. Mas quando Liam chegou na faculdade, ele começou a perceber que ele desejava algo além daquilo, ele queria se dedicar a sua verdadeira paixão, a música.

Liam tomou a decisão de abandonar a faculdade, terminar com Josie, pois ele não queria que ela desistisse dos seus próprios sonhos para acompanhá-lo, e foi embora sem manter contato com ninguém que era próximo dele. No começo, Josie tentou entrar em contato com Liam, mas ele a ignorou completamente, deixando seu coração em pedaços.

"Eu quero dar um passo à frente e envolvê-la nos meus braços, falar que cometi o maior erro da minha vida na quela noite, quando a deixei. Eu deveria ter entrado lá, feito as malas dela e a levado comigo."

Agora, depois de dez anos, Liam é um rockstar muito famoso, mas completamente vazio por dentro. Ele conseguiu realizar seu sonho e vive fazendo o que gosta, mas ele nunca conseguiu esquecer Josie. E ele sabe que vai ter que enfrentar toda a culpa que sente, pois algo terrível aconteceu com um amigo que era bem próximo dele, e Liam vai ter que voltar para sua cidade.

Quando Liam chega na sua antiga cidade, ele só pensa em ver Josie, mas apenas para ter certeza que ela está bem, casada com filhos e feliz, do jeito que ela queria. E aparentemente, Josie está bem, ela tem seu próprio negócio, uma família adorável e um noivo que cuida bem dela. Vale ressaltar que Nick, o noivo da Josie, sempre teve uma certa competição com Liam, e ele não fica nada satisfeito quando o rockstar volta.

A ideia do Liam era apenas ficar na cidade por pouquíssimo tempo, mas quando ele descobre um grande segredo que Josie guardou durante esses dez anos, ele percebe que eles estarão ligados para sempre, e ele vai ter que passar mais tempo na cidade que ele abandonou.

A volta de Liam mexe com todos os personagens. Liam não consegue disfarçar seu amor por Josie, mas por mais que ela ainda o ame, ela não consegue esquecer o sentimento de abandono, e Josei tem medo de cedo ou tarde Liam sumir novamente e deixar sua "família"completamente triste. E sem falar que tem Nick, o cara que juntou todos os cacos de Josie, e ela sabe que o certo é se casar com ele. Até o meio do livro, fica claro que Nick é completamente apaixonado por Josie, mas com a volta do Liam, o tom de competição fala mais alto e sobrepõe esse amor.

"Mas ele está aqui e me faz sentir coisas que eu não sentia desde que parei de pensar nele. Talvez eu nunca realmente tenha parado. Talvez eu apenas tenha mascarado meus sentimentos."

No decorrer da estória, Liam vai precisar lidar com suas escolhas do passado, mostrar que agora ele não pretende abandonar todos que ele ama, e o mais difícil, ele vai ter que reconquistar a confiança e o coração da mulher que ele sempre amou.

Com uma narrativa em primeira pessoa, que varia entre o ponto de vista de Josie e Liam, a autora nos envolve em uma estória bem cativante, cheia de romance, brigas, diálogos bem escritos e personagens secundários extremamente charmosos. E o resultado é um  livro maravilhoso que entrou para minha lista de favoritos.

E quando eu acho que a Editora Charme já arrasou de tudo que é jeito nas diagramações, eu me surpreendo. A edição deste livro está linda. A editora manteve a capa original, e o título do livro está com um efeito lindo. No começo de cada capítulo temos a imagem da capa reproduzida em preto e branco, e as paginas restantes tem uma imagem de uma linha de trem em preto e branco. Por conta das imagens, as páginas ficaram mais escuras, e isso deixou a leitura mais confortável.

"Para Sempre Minha Garota" foi publicado pela Editora Charme, e estou implorando em pensamentos pela continuação da série. lembrando que cada livro possui seus próprios personagens principais. E "Para Sempre Minha Garota" terá uma adaptação para os cinemas, que está com a data prevista para estrear  nos Estados Unidos em Janeiro de 2018, mas ainda não sabemos se vai passar nos cinemas brasileiros.





Resenha: Era Uma Vez o Amor - Míddian Meireles

"Às vezes acho que o brilho dos seus lindos olhos, é demais para o meu amargo coração. [...] Ele definitivamente tem a incrível capacidade de me deixar nervosa e em êxtase ao mesmo tempo."

"Era Uma Vez o Amor", é o primeiro livro da série "Destino", escrita pela querida Míddian Meireles. No livro, vamos acompanhar uma comédia romântica com cenas bem picantes e personagens encantadores.

Em "Era Uma Vez o Amor", vamos conhecer Sophia Montenegro, uma mulher linda, determinada e que foge de relacionamentos por ter um dedo pobre quando o assunto é homens. Ela prometeu que não seria mais magoada depois de pegar sua melhor amiga com seu namorado, que é o pai da sua filha. Hoje Sophia vive muito bem, é uma arquiteta e ama sua profissão, cuida sozinha da sua adorável filha, e extravasa nas compras, isso mesmo, Sophia é super consumista, ainda mais quando se trata de sapatos. Depois de cinco anos mantendo sua promessa de não se apaixonar, Sophia conhece Luca, e tudo está prestes a mudar.

"Toda menina sonha com um príncipe e seu conto de fadas. Mas aí a gente vai crescendo e descobre da pior forma possível, que nem sempre tudo é como imaginamos. E isso acaba fazendo com que a gente refaça nossos planos de vida."

Luca Campanaro, é o homem dos sonhos de qualquer mulher. Ele trabalha no mesmo prédio que Sophia, e depois de várias trocas de olhares no elevador, eles se encontram por acaso em uma boate, e começam a conversar. A química entre o casal é bem forte, mas enquanto Luca parece determinado a conquistar de vez o coração da Sophia, ela tenta fugir a todo custo, por ter medo de relacionamentos.

Mas claro que a Sophia não consegue resistir por muito tempo. Luca além de ser um homem muito lindo e bilionário, é super educado, atencioso e simpático. Ele está sempre colocando as vontades da Sophia em primeiro lugar, e isso vai fazendo com a Sophia se apaixone cada vez mais por ele. Mas no fundo, ela está sempre com a dúvida se Luca é realmente diferente dos outros homens.

"Eu disse que tivemos um início intenso, mas realmente quero te conhecer. E, a cada minuto que passa não me arrependo de ainda querer mais. Tudo o que vi e ouvi desde o momento em que estamos juntos, me faz querer mais. Faz-me querer tentar algo mais... Por favor, me deixe fazer isso. Por mim. Por nós."

O livro é narrado em primeira pessoa, pelo ponto de vista da Sophia, e pequenos trechos são narrados pelo Luca. A narrativa é maravilhosa, parece que a personagem está conversando diretamente com o leitor, me senti como uma amiga bem próxima da Sophia. A escrita da Míddian é bem envolvente, simples e cativa os leitores logo nas primeiras linhas. Apesar de ser uma estória previsível (pelo menos neste primeiro livro), a autora conseguiu descrever um romance encantador e digno de suspiros.

Como todos os livros da Míddian Meireles mostram o bom gosto da autora e uma diagramação impecável, com "Era Uma Vez o Amor" não foi diferente. A capa do livro é bem sensual, transmitindo muito da estória, as cores e as fontes dão um toque super especial para capa. "Era Uma Vez o Amor" está disponível em e-book na Amazon, e o livro físico pode ser adquirido aqui, na loja da autora.


Resenha: Menina Má - William March

“Sempre houve algo estranho com Rhoda, mas eles ignoraram suas esquisitices, esperando que, com o tempo, ela fosse mais parecida com as outras crianças."

"Menina Má" é um livro escrito por William March, e publicado originalmente em 1954, e desde então, ele vem servindo de referência para várias obras na literatura e no cinema. O principal questionamento do livro, é de onde surge a maldade. Já nascemos mal, ou isso é algo que se desenvolve ao longo da vida?

Em "Menina Má", vamos conhecer Rhoda Penmark, uma garotinha de oito anos que é simplesmente adorável, mas que possui alguns comportamentos que não condizem com sua idade. Rhoda é muito independente, organizada e convive muito bem com os mais velhos. Todos a elogiam e dão os parabéns para sua mãe, que apesar de achar estranho, não vê maldade no comportamento da filha.

A estória começa com uma competição de caligrafia na escola de Rhoda. Ela se esforçou muito e tinha certeza que a medalha seria dela, mas no dia, ela perdeu, e a medalha foi entregue para um menino da sua turma. Rhoda não nega que ficou extremamente chateada, e na sua cabeça, a medalha só poderia ser dela.

“O que Christine queria saber era: quando essas pessoas começavam a carreira? Crianças também matavam ou ela estava certa em presumir que só adultos cometiam esses atos terríveis?”

Durante um passeio de escola, o vencedor é encontrado morto e sem a medalha. É a partir desse incidente, que Christine, a mãe de Rhoda, passa a observar melhor a filha. Ela começa a perceber que Rhoda é extremamente fria, sem sentimentos, ela só demonstra afeto quando quer alguma coisa. E quando Christine encontra a medalha no quarto de Rhoda, ela começa a ligar outros acontecimentos e percebe que Rhoda não é uma criança de oito anos comum.

Apesar do livro se tratar de uma criança assassina, a trama gira em torno da mãe. Ao longo do livro, Christine vai descobrir sobre o passado de sua família, além de praticamente passar as 24 horas do dia pensando no que ela pode fazer para dar um fim nisso, mas nada parece resolver da melhor forma possível. Mas quando Rhoda faz outra vítima, Christine toma uma decisão que parece ser a única alternativa.

"Menina Má" é narrado em terceira pessoa, e quem espera um livro com várias mortes, pode desanimar. A intenção do autor é mostrar como um psicopata pode viver normalmente e enganar todos a sua volta, e ele soube trabalhar isso muito bem. Apesar de ser um livro de 1954, eu achei a escrita do autor fantástica, diálogos que condizem exatamente com a época da estória, e a forma como ele consegue chocar o leitor nos apresentando uma psicopata infantil, é impressionante.

“-Eu sei que, no fundo, você está muito triste, minha linda.-Não sei do que está falando, mãe. Não sinto nada.”

Eu achei que o final ficou um pouco em aberto, mas eu prefiro acreditar em uma continuação criada na minha cabeça, já que o autor morreu no mesmo ano em que o livro foi publicado. O livro foi publicado no Brasil pela DarkSide, que caprichou na edição. O livro é em capa dura, com o desenho de um rosto de uma boneca rasgado, fazendo referência a verdadeira face de Rhoda. E a diagramação por dentro está impecável.

"Menina Má" foi uma leitura que saiu completamente da minha zona de conforto, e eu amei a experiência. Dei cinco estrelas no Skoob e favoritei. Como já falei, o livro foi publicado em 1954, e em 1965 o clássico ganhou uma adaptação para o cinema. Eu indico a leitura para quem curte o gênero no melhor estilo e tem uma mente aberta para mergulhar na narrativa da década de 50.


Crítica: Atypical - 1ª Temporada


Atypical é uma série original Netflix, que vai contar a história de Sam (Keir Gilchrist), um adolescente que está no espectro autista. Este é o diferencial da série, enquanto varias séries tratam os dramas e as complexidades de um adolescente, Atypical nos apresente este tema com um toque a mais, o autismo sendo tratado de forma realista, com um certo toque de leveza e muito humor.

Logo no comecinho da série, Sam está conversando com sua psicóloga e decide que precisa encontrar uma namorada, e este é um dos pontos principais da trama, a busca do Sam por um relacionamento e por amadurecimento.

Apesar do Sam ser o protagonista, o foco mesmo é em toda família. A ideia da série é mostrar como vive uma família onde um integrante faz parte do espectro autista. E isso é muito interessante de acompanhar. Sam vive com a mãe que faz de tudo para o filho se sentir confortável, mas ao mesmo tempo ela se vê pressa em uma vida monótoma. Ele também vive com o pai e uma irmã mais velha.


A relação do Sam com o pai é um pouco vazia, o seu pai tenta mais não consegue encontrar um jeito de se comunicar com ele da forma correta, mas ao longo da série, essa relação vai sendo muito bem trabalhada. Já a irmã mais velha do Sam, é uma personagem muito bem construída, que aparentemente vive normalmente com seu irmão, mas ao chegar no meio da série, descobrimos que apesar dela amar o Sam, existe um conflito interno e precisou de alguém de fora alertar toda a família que tudo que acontece dentro da casa, se volta apenas para o Sam, deixando sua irmã invisível.

Outros personagens que estão sempre presentes, é o melhor amigo do Sam, que apesar de aparentar ser um cara bacana, eu não tive muita conexão. Já a psicóloga do Sam, aparece conversando muito com ele, sempre aconselhando e deixando que ele chegue nas suas próprias conclusões.

Para quem não sabe, pessoas que são diagnosticadas com autismo tem dificuldades de compreender todas as regras de uma boa convivência em sociedade, ou seja, a  interação social muitas vezes é evitada, dificuldade de se comunicar e padrões inadequados de comportamento, são outras características do autismo. E isso exige muito do Keir Gilchrist. Tem certos momentos que ele precisa ter uma expressão séria, mas ao mesmo tempo ele está falando algo super engraçado que faz todos em volta ri, e outros momentos ele precisa ser inocente, mostrar que o personagem não está compreendendo aquilo que está sendo falado, e particularmente, eu achei que o ator se saiu super bem.


No meu ponto de vista, Atypical é a melhor dramédia da Netflix. Nos primeiros segundos, o Sam me causou um certo estranhamento, mas bastou cinco minutos de série, eu já me envolvi com o personagem, e peguei rápido a mensagem de empatia e normalidade nas diferenças dele. E ver o mundo pela perspectiva de um autista foi bem interessante e me tirou da minha zona de conforto.

A série tem uma narrativa bem construída, com diálogos autoexplicativos mas sem ser muito maçante. Quem tiver interesse em assistir, pode se preparar para levar um "tapa na cara", aprender lições de vida e passar por oito episódios como se estivesse em uma montanha russa, em alguns momentos a série te diverte, te coloca para cima, e em outros, a emoção fala mais alto. E a boa notícia, é que Atypical já foi renovada para uma segunda temporada.


Correio Literário: Setembro - 2017


Olá leitores!
Em setembro, os Correios da minha cidade entraram em greve, e meus livros demoraram uma eternidade para chegar, eu pensei que nem teria correios literário de setembro. Mas no finalzinho do mês, os Correios finalmente entregaram tudo que estava pendente. Foi um mês cheio de brindes e de surpresas, e hoje vim compartilhar tudo que chegou com vocês.


  • Livros da Amazon

Esses eram dois livros que estavam na minha lista de desejados á fazia um tempinho. Eu aproveitei o frete grátis e os preços bacanas e comprei mesmo não podendo. "A Menina Feita de Espinhos" saiu por apenas R$4,30 reais, e "Paixão Libertadora" saiu por R$9,80 reais.

  • Livros da Editora Charme

"Antes, Agora e Sempre" foi o livro que recebi em parceria com a editora, já li e amei, quem quiser, pode conferir a resenha aqui. "Para Sempre Minha Garota"  era um super desejado, eu rezava para alguma editora publicá-lo aqui no Brasil, e a Charme atendeu minhas preces. "Aluga-se Um Noivo" eu comprei autografado, e estou bem curiosa para ler.

  • Brindes da editora Charme

Além dos livros, os pacotes da Charme vieram cheios de brindes surpresas. Começando por essas bolsinhas lindas, uma do livro "Aluga-se Um Noivo", e a outra é dos blogs parceiros, e ela veio cheia de postais lindos e um caderninho do livro "Para Sempre Minha Garota". Eu amei tudo, fiquei horas admirando os brindes.

  • Presente Especial


Minha mãe me deu esse super presente. Eu queria muito o livro "Mr. Romance", e como minha mãe sabia, ela comprou de surpresa junto com essa bolsinha linda que cabe direitinho um livro, é ótima para carregar na viagem, principalmente na praia. Mas imagina minha felicidade quando abri, e imagina também, como surtei quando vi que estava autografado. Só para registrar, esse é meu primeiro autógrafo internacional.


  •  Livro e Brindes

No finalzinho de agosto, eu comprei o último lançamento da Thays M. de Lima, nossa autora parceira. E além do livro, a Thays me mandou vários marcadores, postais, imã de geladeira e bottons. "Livie e Téo" foi uma leitura maravilhosa, e quem ainda não leu, pode conferir a resenha dele aqui.

E este foi nosso Correio Literário de setembro, espero que vocês tenham gostado dos meus novos livros, e até o próximo mês. 


Resenha: Antes, Agora e Sempre - Teodora Kostova

"Quando eu estava quebrado, você me deu pedaços de si mesma e me deixou inteiro novamente."

"Antes, Agora e Sempre" é o segundo volume da série "Hearbeat", escrita pela Teodora Kostava. Apesar desse livro ter participação de alguns personagens do primeiro livro, "Num Piscar de Olhos" (resenha aqui), ele pode ser lido separadamente.

Em "Antes, Agora e Sempre", vamos conhecer Gia e Beppe. Eles eram vizinhos e se conheceram quando eram crianças, a amizade deles começou de uma forma bem natural, mas na adolescência, Beppe sempre quis algo a mais com Gia, mas ele nunca tentou por medo de estragar a amizade entre eles. Mas quando Gia finalmente mostrou que desejava Beppe, eles se entregaram a paixão.

Nossos protagonistas aparentam ser pessoas normais, mas os dois carregam dores relacionadas as suas famílias. Quando o pai de Gia ficou doente, ela simplesmente focou no seu futuro e deixou as responsabilidades para o seu irmão e sua mãe, mas não por ela ser uma pessoa ruim, ela simplesmente não conseguia lidar com a situação, e a culpa acaba surgindo quando o pior acontece.

"Você sempre será uma das pessoas mais importantes da minha vida, Beppe. Nunca vou deixá-lo ir embora novamente. Mas também nunca vou lhe dar o poder de partir meu coração de novo."

Já Beppe, sempre sofreu com um pai abusivo, que maltratava não apenas ele, mas sua mãe também. Quando algo trágico acontece, Beppe conhece um parente bem próximo que quer levá-lo para longe, e como ele estava se sentindo vazio, ele resolve aceitar.

Gia ficou arrasada mas entendeu a partida de Beppe. Mesmo com a distância, eles faziam planos como um casal para quando Beppe voltasse. Mas ele não voltou no tempo que prometeu, e Gia resolveu colocar um ponto final no relacionamento. Eles continuaram mantendo contato, mas apenas como amigos.

Agora, depois de quatro anos, Beppe está de volta, e ainda é o melhor amigo da Gia. E apesar dela ainda sentir alguma coisa por Beppe, ela sabe que nunca pode deixar ele ultrapassar a barreira da amizade, porque ela não suportaria ser abandonada novamente. Já Beppe está disposto a reconquistá-la, mas ele vai precisar fazer de tudo para provar que o para sempre deles pode ser real.

"Porque, quando você for embora, não vou ser capaz de lidar com isso. Desta vez,vai me destruir."

"Antes, Agora e Sempre" é narrado em terceira pessoa, e apesar de preferir uma narrativa em primeira pessoa, não me senti incomodada lendo. A escrita da autora é fluida, você vai lendo e querendo mais e mais. Ela sabe colocar emoção e drama na história, mas sem deixá-la arrastada. Além de uma mensagem incrível sobre perdas, superação e aceitação. 

E não posso deixar de falar sobre essa capa maravilhosa, que segue o mesmo padrão do livro anterior. Uma fotografia em preto e branco representando nosso casal protagonista, e a cor fica por conta de algumas palavras e o esmalte da modelo, o que deu um toque bem especial para a capa. Como o livro é separado em três partes: antes, agora e sempre, cada uma se inicia com uma imagem linda e delicada, e pequenos curativos adesivos sinalizam pausa durante os capítulos.

A série "Hearbeat" está sendo publicada no Brasil pela Editora Charme, e eu indico a leitura para todos que gostam de um romance com um toque de drama na medida certa, personagens encantadores e uma trama eletrizante. 


Primeiras Impressões: Nunca Olhe Para Dentro - Amanda Ághata Costa


Olá leitores!

Quem acompanha as redes socias do blog, sabe que a Amanda Ághata Costa é nossa autora parceira, e sou encanta por suas histórias. Recentemente recebi um arquivo da autora contento as primeiras páginas do seu futuro lançamento, "Nunca Olhe Para Dentro".  E hoje vim falar minhas primeiras impressões do livro, com base nas páginas lidas.




Sinopse

Nem sempre a vida é colorida como um quadro ou suave como uma pincelada, às vezes é o contrário de tudo isso. Depois de perder os pais em um acidente de carro aos oito anos de idade, a única coisa que Betina precisa fazer é encontrar o responsável por ter destruído sua família na noite que daria início à sua próspera carreira como pintora. Agora longe dos pincéis e das paletas, ela está focada em terminar a primeira graduação e procurar na justiça um pouco de consolo para o caos que o seu passado ainda traz. Ao lado de seus amigos e sob o teto de uma tia que a detesta, ela perceberá de que cores as pessoas são feitas, e do quanto é realmente necessário olhar para dentro de tudo aquilo que a assombra, mesmo que para isso precise passar por uma inesperada decepção.

Primeiras Impressões

No começo do livro, temos um prólogo narrado em primeira pessoa, e bem rico em detalhes. Nele conhecemos a protagonista Betina, uma menina bem encantadora e apaixonada pela pintura. Sua vida muda completamente quando um acidente de carro acontece e seus pais morrem.

Nos capítulos seguintes, acompanhamos a história doze anos após esse trágico acidente. Betina mora com a tia, e apesar de Betina seguir todas as ordens e a tratá-la com respeito, sua tia sempre a maltrata e a humilha. 

Betina aparenta ter uma vida normal apesar de tudo que sofre nas mãos da tia. Ela é estudante de psicologia, faz estágio e tem dois amigos incríveis. Mas Betina nunca esqueceu do acidente, e ver o caso sendo arquivado e seu pai como culpado, fizeram com que sua busca por justiça continuasse depois de anos.

Tudo que Betina deseja, é encontrar o verdadeiro culpado pela acidente que matou seus pais, mas claro que não vai ser algo simples de desvendar. E de acordo com o último capítulo lido, Betina vai conhecer um médico no seu estagio, que vai mexer com seus sentimentos.


"Nunca Olhe Para Dentro" é um livro totalmente emocionante, logo nas primeiras páginas fui sugada pela história, e rapidamente me conectei com a trama e com seus personagens. Foram poucas páginas lidas, mas fui tocada durante a leitura por vários temas de reflexão que a Amanda abordou, e fiquei encantada pela Betina, uma personagem forte, decidida e bem madura.

A escrita da Amanda transmite toda a sensibilidade da história, as emoções descritas me envolveram e o enredo me cativou. Pelo pouco que li, deu para perceber que "Nunca Olhe Para Dentro" se trata de uma história bem pensada e estudada, e com um toque único da Amanda. Fiquei muito curiosa e interessada no desfecho da história.

E quem ficou interessado, "Nunca Olhe Para Dentro" vai ser lançado no dia 03 de outubro, na Amazon.