Resenha: Luz, Câmera e Amor - Aline Sant'Ana

"Se tratando do amor, nada era fácil, eu sabia. Para dar certo, era necessário mensurar o quanto estava disposta a aceitar que ia doer. E por Chuck, meu coração já estava apertado demais."

Luz, Câmera e Amor, é o mais recente lançamento da Aline Sant'Ana pela Editora Charme. Sabe aqueles livros envolventes, que falam sobre o amor como um sentimento incondicional sendo a base em todos os sentidos da vida?  Então, nesta obra encontramos muito disso.

No livro conhecemos a Evelyn Heyley, uma atriz de Hollywood que acaba de receber o convite para interpretar a protagonista em um longa-metragem inspirado em um romance de uma autora best-seller. Evelyn sabe que essa é a grande oportunidade da sua carreira, além da chance de ganhar um Oscar. Ela fica muito empolgada com esse trabalho, mas isso muda durante a primeira reunião com a equipe, onde ela descobre que Chuck Ryder quem interpretará seu par romântico.

"[...]quando chegar a hora, eu vou me mover por você, sim. E nada nesse mundo vai me parar até que você esteja onde pertence: em meus braços."

O problema é que Evelyn e Chuck irão interpretar Nancy, uma enfermeira e Michael, um militar. Os dois se apaixonam após Nancy ajudá-lo, mas ela sofre um acidente e perde a memória. Assim, Michael acaba tendo que lutar para fazer Nancy amá-lo novamente. Ou seja, trata-se de uma história intensa, mas Chuck é um ator que não passa nenhum sentimento através das câmeras, e Evelyn joga isso na cara dele. Mas Chuck consegue provar durante um teste que tem todos os requisitos para interpretar Michael, deixando Evelyn sem palavras.

Ambos dão o melhor de si para os papeis, durante as gravações tudo vai bem, mas assim que as câmeras desligam, Chuck trata Evelyn com muita frieza e ignorância. Isso passa a incomodar ela, que vai atrás para tentar ter uma convivência mais amigável com Chuck, o que acaba dando certo, mas quanto mais eles se aproximam, mais a química entre eles sai das câmeras e passa para a vida real. Mas Chuck tem uma namorada, a Meg, e para ele conseguir entrar em um relacionamento com Evelyn, ela vai precisar confiar nele, enquanto ele tenta solucionar um problema que o mantém com Meg.


"Dissemos um milhão de coisas para as câmeras, como Nancy e Michael, que acreditei até o último minuto serem mentiras. Um amor tão bom que não parece fazer sentido. Mas quando estamos só eu e você, como Chuck e Evelyn, todas aquelas coisas... simplesmente fazem sentido."


Nesta obra a autora nos presenteia com uma história cheia de emoção e sentimento, e é impossível não se apegar aos personagens.  E eu amei a ideia da autora de escrever um livro contando a história de outro livro. E o mais incrível foi acompanhar o processo da adaptação, e os personagens são tão bem escritos que conseguimos distinguir exatamente quando eles estão interpretando ou não.  A obra é muito envolvente e nos ensina grandes lições sobre a amizade e a família. E a escrita da Aline mais uma vez me encantou e tirou suspiros, ela sabe como ninguém passar sentimentos através das palavras.

 Uma leitura muito gostosa, fluida, que conversa com o leitor e com certeza recomendo demais. 



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