Crítica: The Handmaid’s Tale


The Handmaid’s Tale é uma série produzida pela Hulu, e baseada em um livro da autora canadense, Margaret Atwood, que aqui no Brasil recebeu o nome de O Conto da Aia. A estória se passa na distópica Gilead, que antes era os EUA, e agora é dominada por uma sociedade totalitária, onde as mulheres perderam seus direitos. Os homens que mandam em tudo, e os mais importantes são chamados de comandantes. Também vamos acompanhar a sociedade vivendo em um regime totalmente religioso e sem tecnologia.

O motivo principal para o surgimento desse regime totalitário religioso, é que o mundo inteiro está passando por problemas com infertilidade. As mulheres não conseguem engravidar, e isso torna uma preocupação para alguns líderes, que decidem raptar as mulheres férteis e torná-las propriedade do Governo. Todas as mulheres férteis são chamadas de Aia, passam por um treinamento rigoroso e uma espécie de lavagem cerebral.

Após o treinamento, cada Aia vai para a casa de um comandante e passa a morar lá com sua esposa que é infértil. O papel das Aias, é ser praticamente invisível dentro da casa, e em um dia de cada mês, no período em que elas estão férteis, os comandantes estrupam elas e isso se repete até que elas engravidem. E assim que o bebê nasce e passa o processo de amamentação, elas deixam a criança para trás e partem para outro comandante, e começam tudo de novo.


A primeira temporada possui dez episódios, e a estória é transmitida pelo ponto de vista da personagem June (Elisabeth Moss), que após virar uma Aia, recebe o nome de Offred. The Handmaid’s Tale é a distopia mais pesada que eu já li ou assisti. A série te deixa incomodado, choca e impacta de uma forma inexplicável.

Além de uma estória incrível e atuações impecáveis, a série conta com uma trilha sonora muito boa e que nos lembra que a estória se passa na atualidade, pois os figurinos, a falta de tecnologia e a forma que a sociedade trata as mulheres, dão a impressão de ser algo que aconteceu em um passado bem distante.

E outra coisa que gostei muito na série, foi a fotografia. As cores usadas são desbotadas e partem para uma escala de cinza e verde, passando uma sensação de tristeza. A única cor forte é o vermelho das roupas que as Aias são obrigadas a usar, o que eu achei fantástico, a cor vem exatamente das únicas pessoas que podem gerar vidas.


Os planos fechados na personagem principal, dão uma sensação de angústia a quem está assistindo, e acho que essa era a intenção mesmo, nos mostrar o que a personagem está sentindo. Como eu já falei, as atuações estão incríveis, mas a Elisabeth Moss se destaque muito. Ela consegue passar muita coisa apenas com o olhar, ela faz o papel de submissa que é imposto, mas basta olhar nos olhos dela, que percebemos uma certa resistência.

Apesar de The Handmaid’s Tale ter uma narrativa intensa e uma estória bem pesada, a série passa uma mensagem linda sobre ter esperança e querer sobreviver. Sem falar, que é uma obra que é necessária ser lida ou assistida. Na minha opinião, The Handmaid’s Tale  foi a melhor estréia do ano, e a boa notícia, é que a série já foi renovada para uma segunda temporada.


2 comentários:

  1. Parece ser uma série boa, mas não sei se teria coragem de assistir. Como você mesmo falou, é bem pesado.

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  2. Oi Mari,
    eu até tenho vontade de assistir.
    O problema é ter que baixar.

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