Resenha In Flight - R. K. Lilley

"Ele está a mundos de distância de mim, mas vou até o fim disso, de qualquer forma."

In Flight é o primeiro livro da série Up In The Air, que no Brasil recebeu o nome de Nas Alturas. A série foi escrita pela autora R. K. Lilley, o livro tem uma pegada bem hot, e quem curte histórias com dominadores e submissas vai adorar.

Bianca é uma jovem bem reservada e que teve um passado difícil relacionado a sua família. Bianca conheceu Stephan, seu melhor amigo gay, em um orfanato, e juntos eles compartilharam as dores do passado, e no primeiro capítulo já percebemos como a amizade e o companheirismo dos dois é lindo, que é difícil encontrar nos livros do gênero. Bianca trabalha como comissária de bordo, e sua dedicação lhe deu um cargo na primeiro classe, junto com Stephan.

Em um dos voos, Bianca conhece James Cavendish, ou o Sr. Magnífico, como ela gosta de chamá-lo. Para uma garota que consegue manejar uma bandeja com taças de champanhe a trinta e cinco pés de altura sobre saltos de oito centímetros, ela se vê surpreendentemente de pernas bambas diante da beleza de James.

James Cavendish é um bilionário que também tem um passado difícil. Ele perdeu os pais em um acidente e passou por situações horríveis com seu guardião. Quando James coloca os olhos em Bianca, ele fica fascinado, e ele sabe que precisa tê-la na cama a todo custo. James passa a viajar mais vezes durante os voos que Bianca está trabalhando, e de uma forma bem direta ele demonstra seu interesse nela.

"Somos todos moldados pela infância. Aceitar suas preferências não é o mesmo não é o mesmo que ser vitima delas."

Bianca tenta resistir afirmando que não namora com ninguém, e James rebate falando que não era isso que ele tinha em mente, ele apenas acha que os dois são compatíveis e gostaria de conhecê-la melhor. Logo no primeiro encontro dos dois, somos apresentados ao gosto pelo universo BDSM que James tem.

Em busca de prazer e encantada com a atração pela força dominante que James exerce, Bianca aceita a experiência de submissa, e mesmo que ela sinta uma coisa forte por James, ela não deixa explícito, pois ela sabe que o relacionamento dos dois não vai durar muito tempo, então ela quer apenas aproveitar o tempo que tem com ele. James tem seu lado dominador, mas aos poucos, vamos conhecendo melhor o personagem, a vamos vendo que ele também pode ser bem protetor e carinhoso.

Claro que nem tudo são flores neste livro. Bianca precisa lidar com o fato de James não querer expor o relacionamento deles (no final do livro percebemos o real motivo disso), e também temos personagens bem irritantes que aparecem na história, como por exemplo, uma ex namorado de James e uma colega de Bianca que também trabalha como comissária de bordo e quer chamar a atenção de James para conquistá-lo.

"Até masoquistas precisam de amantes. O que uma garota como eu faria sem um cara como você? Talvez todo mundo seja bom para alguém."

O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista da Bianca. A escrita da autora foi o ponto mais positivo do livro, ela consegue te prender do início ao fim, além de abordar temas como a homofobia de uma forma bem polêmica e triste, mas que me fez sentir na pele o que o personagem Stephan passou dentro da própria casa. A diagramação do livro está bem simples, os capítulos são curtos e isso contribuiu para a leitura ser mais rápida. Eu achei a tradução ótima, e a capa e contracapa estão lindas.

Eu li na internet muitas comparações de In Flight com Cinquenta Tons de Cinza, e apesar dos dois abordarem o tema BDSM e ter um um homem rico interessado em uma jovem simples e virgem, eu gostei mais de In Flight. A Bianca é muito mais madura que a Ana, e menos irritante. E também nesse livro, não temos muita enrolação igual Cinquenta Tons, e sem contar que a narrativa do livro é muito mais gostosa.

In Flight foi lançado no Brasil pela Editora Charme, e eu não vejo a hora de ler a continuação, pois o livro acaba e deixa muitas pontas soltas, atiçando nossa curiosidade.


4 comentários:

  1. Adorei a resenha e a profissão da Bianca. Mas apesar de você ter achado melhor que que 50 tons, eu achei a premissa bem parecida, e eu detestei a trilogia, por isso, ainda não sei se vou ler.

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  2. Oi Mari!
    Muita gente fala desse livro, estou com vontade de ler mas estou dando um tempo de eróticos. Mas obrigada por comparar com 50 Tons de Cinza, queria saber se era mesmo parecido ou melhor.

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  3. Gostei do livro, parece ser mais interessante que o 50 Tons!!

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  4. Olá Mari, eu li em pdf antes da editora publicar aqui no brasil, e não gostei muito. Mas pretendo reler em livro físico porque quero ler as continuações.

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